segunda-feira, 26 de abril de 2010

Refúgio nas Ilusões.

Ela chegou em sua casa completamente eufórica, não aguentava segurar seu coração dentro do peito, sua respiração parecia alcançar todos os cômodos.
A sensação de ser finalmente compreendida por alguém a deixava em êxtase. Ela tirou suas meias as deixando jogadas ali mesmo, no meio da sala. O seu maior prazer era chegar em casa e poder sentir o chão de madeira tocando seus pés, mas não qualquer chão de madeira, o seu chão.
Sentou-se na poltrona de sempre, com o cinzeiro de sempre e acendeu seu cigarro de sempre, mas seus pensamentos hoje, eram outros. Em meio a solidão eles deram lugar a alguém, mas não era um alguém qualquer e por isso hoje, os pensamentos dela eram seus.

Depois te tomar um banho quente, se deu conta de que já não sabia se o que acontecera naquela noite era real ou se era sua imaginção buscando refúgio na ilusão de uma diversão. Não sabia se mantinha a euforia e a esperança de quando entrou em sua casa ou se voltava pra sua realiadade -possível realidade- de pensamentos sós, individuais.
A verdade, é que Flora não entendia se sua solidão e seus pensamentos sem ninguém importante a incomodavam de fato, ou se sentia obrigada a se incomodar.

Resolveu se entregar ao sono, aos sonhos. Ali ela podia sentir o que quisesse, onde quisesse, quando quisesse e o melhor; com quem desejasse, sem se obrigar a nada. Adormeceu.

-FLORA!!

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hãn?